Um semestre em solo alemão!
Dia 19 de Fevereiro de 2020 exatos 06 meses que estou em solo alemão, no decorrer desses meses pude aprender muita coisa, completo hoje também metade da minha jornada aqui na Alemanha, as vezes me pergunto se estou realmente fazendo tudo aquilo que achei que faria, parte de mim acredita que sim, mas parte não. Esses dias que passei aqui me fizeram aprender muito sobre tudo, tive diversas experiências, experiências essas que com certeza iram agregar no meu intelecto sócio cultural. Resolvi neste relatório descrever o que eu faço no Jardim de Infância de Nieder-Olm e no Brotkorb.
Eu começo a trabalhar as 08:00, do momento que eu chego até a hora do almoço, eu fico no grupo onde trabalho que é o Fischer Gruppe (Grupo dos Peixes). Lá interajo com as crianças, brincando, pintando e contando histórias, nesse meio tempo também vou para o Creativeraum, onde fica um grupo de até 10 crianças para desenvolver a criatividade, lá as crianças, pintam, fazem recortes e podem usar a criatividade para criar artes com diversos elementos que lá se encontram. Eu almoço junto com as crianças do meu grupo que são divididas em dois grupos diferentes, para mim é um momento muito interessante já que as crianças aprendem a fazer tudo sozinhas, como comer com garfo e faca e servir a própria comida. Às quintas e sextas eu fico responsável por cuidar do Bistrô (local onde são preparados os alimentos) no período da tarde, onde eu tenho que organizar o lanche da tarde e cuidar das crianças. Eu termino meu serviço as 16:30, mas quando é preciso fico até 17:00.
No Brotkorb, eu trabalho toda quarta-feira das 07:45 até 12:30, lá eu trabalho junto com os outros voluntários do projeto ajudando em tudo que for preciso. Explicando mais um pouco, o Brotkorb e um projeto totalmente formado por senhores e senhoras voluntários já aposentados. O Brotkorb é um projeto que faz a distribuição de alimentos e utensílios domésticos para pessoas que não tem condições de comprar. Elas podem buscar itens por um valor simbólico de 1 euro, as pessoas que necessitam dessa ajuda só precisão fazer um cadastro e apresentar os documentos que comprovam a real falta de condições e no mesmo dia já podem fazer a “compra”, falo compra pelo fato de que funciona como se fosse um mercado, as pessoas entram em fila e vão passando pelas mesas onde estão os alimentos. Todas as quartas motoristas voluntários vão até os mercados e padarias da cidade para buscar os alimentos que serão distribuídos as pessoas que necessitam. Todos os produtos do projeto são doados por mercados, padarias, açougues, entre outros tipos de comércio.
Aos poucos estou cada vez mais habituado com o estilo de vida daqui. Falar e entender o idioma se torna cada vez menos difícil. Quando tive a decisão de aceitar esse desafio sabia que não seria fácil, mas fico muito feliz que aos poucos estou conseguindo superar as barreiras. Saudações aos amigos no Brasil e até o próximo relatório!
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